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Wagner Soares de Lima

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Reflexões sobre trabalho, vocação, instituições, afetos e as travessias invisíveis que moldam quem somos. Aqui, escrevo com escuta, compartilho ideias com alma e transformo vivências em pensamento — para quem busca sentido, recomeço ou apenas companhia lúcida no caminho.

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Sua geração te define? Ou só te influencia?

  • Foto do escritor: Wagner Soares de Lima
    Wagner Soares de Lima
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura
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Geração é uma palavra que costuma soar como rótulo. Mas, para quem olha a vida pelas lentes das ciências sociais e humanas, ela se revela como algo mais sutil, mais profundo.


Uma geração não é uma caixa fechada com datas de validade. É como uma onda. Um fluxo de tempo coletivo que passa por nós, atravessa nossos corpos, marca nossos ritos de passagem, nos dá repertórios comuns e, ao mesmo tempo, permite desvios, singularidades, variações.


A cronologia, por si só, não determina. Mas influencia. Não somos o que o tempo nos impôs, mas também não somos alheios ao tempo em que fomos formados. Cada geração nasce sob certos ventos históricos, respira certa cultura, se emociona com certos acontecimentos, canta junto os refrões de sua época. São as músicas que tocam ao fundo de nossas juventudes. São os medos que se espalham quando o mundo parece incerto. São os memes que só fazem sentido para quem estava lá quando tudo aconteceu.


Entender uma geração é, antes de tudo, um exercício de escuta. Escutar o eco do que moldou quem veio antes de nós. E prestar atenção nas ondas que anunciam quem está vindo depois. É um gesto de alteridade, mas também de autorreconhecimento. Afinal, no que eu me pareço com os meus contemporâneos? E no que eu me diferencio deles? Qual é o ponto de intersecção entre a minha trajetória pessoal e o enredo coletivo da minha época?


Gostaria de apresentar o livro que inaugura a série "Entendendo as Gerações", um projeto que nasceu da sala de aula e se desdobrou em pesquisa, escrita e escuta ativa. A proposta é apresentar um modelo brasileiro de gerações que dialoga com as denominações mais conhecidas, mas se ancora em marcos históricos e socioculturais do nosso país.


A cada volume, aprofundaremos o olhar sobre uma geração específica. Mas aqui, neste primeiro livro, oferecemos o panorama. Uma bússola para se localizar no tempo. Para se reconhecer como parte de algo maior. E, quem sabe, para conviver melhor com as diferenças que nos cercam.


Porque ninguém é só de si. Somos também do nosso tempo.

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