Amar demais também pode ser uma forma de se abandonar
- Wagner Soares de Lima

- 11 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de nov.
Durante muito tempo, confundi amor com sacrifício. Eu me dobrava para caber, me calava para manter a paz, e me doava até o esgotamento. Em nome do amor, anulei a minha vontade, meus limites e, pouco a pouco, a minha identidade.
Como escrevo no livro Precisei te perder para poder me encontrar:
“A ausência do outro me ensinou a presença em mim. Só quando o outro saiu, eu entrei.”
Foi nesse vazio que percebi: o amor que eu oferecia ao outro era, muitas vezes, a ausência de amor por mim. Um amor desequilibrado, onde a generosidade era unilateral, e o cuidado comigo mesmo inexistente.
A psicanalista Nina Veiga diz que "o amor adulto exige reciprocidade simbólica". Amar demais, sem retorno, sem escuta, sem presença, pode nos lançar em um ciclo de codependência afetiva, onde o vínculo se sustenta não pelo afeto, mas pelo medo de perder ou de ficar só.
E não estou falando de egoísmo. Estou falando de autopreservação emocional.Estou falando de reconhecer que amar o outro sem se perder de si é um ato de saúde.
“Amar demais também pode ser uma forma de se abandonar.”
Quando o amor exige que você se apague, ele não é amor.Quando você se cala sempre para evitar conflito, isso não é paz; é autoabandono.Quando só você se doa, há um desequilíbrio que corrói por dentro.
Aprendi, na prática e na dor, que amor saudável exige dois inteiros, não duas metades feridas tentando se colar. E que meu limite é, também, um gesto de amor pelo outro: porque só me dou por completo quando me mantenho inteiro.
Hoje, sigo aprendendo a me escolher. Não por orgulho, mas por respeito.Não para me fechar, mas para amar com consciência.
Se você também sente que se perdeu tentando amar alguém… talvez esteja na hora de se reencontrar.

Como eu sei tudo isso?
Como eu consigo falar sobre isso de forma tão viva, que faz você até ter vontade de chorar?
Porque eu senti essa mesma dor e ainda estou aqui, lutando como um sobrevivente lúcido para não ter recaídas. Peguei cada pedaço dessa experiência e, com muito carinho, escrevi um livro. Gostaria de lhe convidar a começar a sua própria jornada de cura interior lendo Precisei te perder para poder me encontrar.
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